Em
uma dessas madrugas da vida (5:30h) eis que me surge uma questão reflexiva via
SMS... “Quem nessa vida pode se tornar inútil para você, sem que você sinta o
desejo de jogá-lo fora?”. Ao longo do dia refleti sobre este questionamento, que
faz muito sentido quando observado na integra, (https://www.youtube.com/watch?v=osQMdw1xS3M)
e de repente um estalo que me levou a questionar diretamente a origem da SMS: “Caramba,
por quê? Por que estou aqui? Por que me procurou? O que você quer?”
Em
resposta ao estalo... um longo período de silencio seguido de um lamentável dizer
“porque eu não tenho ninguém para conversar”. Em primeira instância o reflexo
daquele dialogo era a inutilidade, aquele momento da vida em que você se
percebe sem função ou razão, o instante que te sobra - quando muito – a opção
de ser a ultima alternativa.
Perplexa
com tal resposta, dei por olhar mais de perto, e nesta segunda instância eis
que surge de fato, a TRISTE DESCOBERTA... Qual ser é condenado a trilhar sem ao
menos a simples certeza de alguém? Alguém para chorar, alguém para conversar, alguém
para sorrir, alguém para construir! E neste exato instante aquela sensação
degustada como fel em primeira instância e devastada pela alegria e gratidão
por ser uma BOBA!
Ser
bobo não é questão de querer, é o simples fato de ser, e por si só estar em
plenitude! Plenitude que também há momentos de tristeza, agonia e lagrimas, mas
é real e longe de ser solitária. E sobre tudo me permite viver, sorrir, correr
a favor ou contra meu próprio destino LIVREMENTE.
Ser
boba me permite viver! Sonhar! Acreditar!
E
quer saber, mais que nunca sei que sou útil, mas, quando a inutilidade física,
social ou financeira me bater à porta darei gargalhadas em suas faces, pois
certeza tenho de que aqueles raros e eleitos estarão ao meu lado e neste
instante poderei acalmar meu coração por saber que destes irei ouvir “Você não
serve para nada, mas eu não sei viver sem você”!
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