segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A triste descoberta

Em uma dessas madrugas da vida (5:30h) eis que me surge uma questão reflexiva via SMS... “Quem nessa vida pode se tornar inútil para você, sem que você sinta o desejo de jogá-lo fora?”. Ao longo do dia refleti sobre este questionamento, que faz muito sentido quando observado na integra, (https://www.youtube.com/watch?v=osQMdw1xS3M) e de repente um estalo que me levou a questionar diretamente a origem da SMS: “Caramba, por quê? Por que estou aqui? Por que me procurou? O que você quer?”
Em resposta ao estalo... um longo período de silencio seguido de um lamentável dizer “porque eu não tenho ninguém para conversar”. Em primeira instância o reflexo daquele dialogo era a inutilidade, aquele momento da vida em que você se percebe sem função ou razão, o instante que te sobra - quando muito – a opção de ser a ultima alternativa.
Perplexa com tal resposta, dei por olhar mais de perto, e nesta segunda instância eis que surge de fato, a TRISTE DESCOBERTA... Qual ser é condenado a trilhar sem ao menos a simples certeza de alguém? Alguém para chorar, alguém para conversar, alguém para sorrir, alguém para construir! E neste exato instante aquela sensação degustada como fel em primeira instância e devastada pela alegria e gratidão por ser uma BOBA!
Ser bobo não é questão de querer, é o simples fato de ser, e por si só estar em plenitude! Plenitude que também há momentos de tristeza, agonia e lagrimas, mas é real e longe de ser solitária. E sobre tudo me permite viver, sorrir, correr a favor ou contra meu próprio destino LIVREMENTE.
Ser boba me permite viver! Sonhar! Acreditar!

E quer saber, mais que nunca sei que sou útil, mas, quando a inutilidade física, social ou financeira me bater à porta darei gargalhadas em suas faces, pois certeza tenho de que aqueles raros e eleitos estarão ao meu lado e neste instante poderei acalmar meu coração por saber que destes irei ouvir “Você não serve para nada, mas eu não sei viver sem você”!

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