Por mim, e por vós, e por mais aquilo que está onde as outras coisas nunca estão deixo o mar bravo e o céu tranqüilo: quero solidão. Meu caminho é sem marcos nem paisagens. E como o conheces ? - me perguntarão. - Por não Ter palavras, por não ter imagem. Nenhum inimigo e nenhum irmão. Que procuras ? Tudo. Que desejas ? Nada. Viajo sozinha com o meu coração. Não ando perdida, mas desencontrada. Levo o meu rumo na minha mão. A memória voou da minha fronte. Voou meu amor, minha imaginação ... Talvez eu morra antes do horizonte. Memória, amor e o resto onde estarão? Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra. (Beijo-te, corpo meu, todo desilusão ! Estandarte triste de uma estranha guerra ... ) Quero solidão. Cecília Meireles |
Como já dizia a estonteante Clarice Lispector: "Aviso: não confundir bobos com burros. [...] Bobo não reclama. Em compensação, como exclama! [...] Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem. [...]"
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Despedida
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